segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Europa pede metas para emergentes contra aquecimento global

O presidente da Comissão Européia, José Durão Barroso, defendeu a fixação de metas também para os países em desenvolvimento, ainda que diferenciadas, em um eventual segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto contra o aquecimento global.

Segundo ele, os países em desenvolvimento têm de colaborar, porém em uma escala menor.

"Queremos que a partir de 2012 haja objetivos para todos, que podem ser diferenciados. Os emergentes podem ter mais flexibilidade que os desenvolvidos, mas todos devem ter objetivos. É necessário que as grandes economias emergentes dêem sua contribuição e que os Estados Unidos também colaborem", disse ele no Rio de Janeiro, onde participou de evento na Fundação Getúlio Vargas.

No primeiro período de compromissos de redução de emissões de poluentes, que termina em 2012, apenas os países ricos receberam metas para reduções, por serem considerados os maiores responsáveis pelo aquecimento global.

Para o próximo período, muitos defendem que grandes emergentes, como China, Índia e Brasil, também recebam metas, apesar dos governos desses países ainda não aceitarem essa idéia.

Barroso afirmou que a UE emite 14% dos gases responsáveis pelo efeito estufa. A meta para 2020 é reduzir esse número para 8%.

Ele disse ainda que o crescimento econômico, combinado com o respeito ao meio ambiente, é o grande desafio da economia moderna e um passo importante para o que ele chamou de nova revolução industrial.

O presidente da Comissão disse que a Europa não deve assumir sozinha a responsabilidade de conter o aquecimento global e apontou a China como maior poluidora do mundo atualmente. O Brasil fica entre os 10 maiores emissores de gases, segundo ele.

"Quem adaptar a economia global à redução das emissões será o grande vencedor dessa nova revolução", disse ele.

A União Européia pretende utilizar fontes renováveis para reduzir as emissões de gases. A meta para 2020 é de cortar em 20% as emissões de gás carbônico e ter na sua matriz energética 20% de energias renováveis e 10% de biocombustíveis.

Estadão Online

Nenhum comentário: