O Brasil e a Argentina apresentarão na próxima semana, num encontro internacional no Quênia, uma proposta para que os países ricos financiem os pobres para acelerar a eliminação dos HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), gases que destroem a camada de ozônio e causam o efeito estufa.
A eliminação dessas substâncias em 2040 e o congelamento de sua produção em 2015 é prevista pelo Protocolo de Montreal, acordo internacional firmado em 1987 para salvar a camada de ozônio do planeta.
Um cálculo do Ministério do Meio Ambiente mostra, no entanto, que é possível estabilizar as emissões em 2011, evitando 14 milhões de toneladas desses gases na atmosfera. Como os HCFCs têm um potencial de absorver calor (e esquentar a Terra) milhares de vezes maior que o do gás carbônico, o principal gás-estufa, mesmo uma economia modesta de suas emissões teria um impacto grande no clima.
Segundo Ruy de Góes, da Secretaria de Mudanças Climáticas do ministério, a proposta significaria deixar de emitir 5,5 bilhões de toneladas equivalentes de gás carbônico, ou a meta do acordo de Kyoto. Isso será usado para convencer nações como os EUA a engordar um fundo que banca a eliminação desses gases no Terceiro Mundo. "A proposta tem duplo benefício", afirma.
Folha de S.Paulo
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