quarta-feira, 30 de maio de 2007

Canadá rejeita tomar partido em disputa climática do G8

País afirmou que quer apenas ´formar um consenso na forma de lidar com o aquecimento global´


O Canadá rejeitou nesta segunda-feira, 28, tomar partido numa disputa entre os países do G-8 (grupo dos países mais industrializados mais a Rússia) a respeito de mudanças climáticas, dizendo que meramente deseja formar um consenso na forma de lidar com o aquecimento global.

A Alemanha, que preside na semana que vem a cúpula do grupo, espera que o bloco de países industrializados aceite uma série de metas e cronogramas fixos para a redução das emissões de poluentes responsáveis pelo aquecimento. Os Estados Unidos discordam e querem que esses termos sejam retirados do comunicado final da cúpula.

O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, segundo quem o Canadá não pode cumprir as metas de redução de emissões previstas no Protocolo de Kyoto, não respondeu quando foi pressionado várias vezes por políticos de oposição a dizer de qual lado ficará na cúpula do G8.

"A fim de ter um protocolo internacional pós-2012 efetivo, precisamos ter todos os grandes emissores, inclusive Estados Unidos e China, como parte desse esforço. O Canadá estará trabalhando para tentar criar esse consenso", disse ele ao Parlamento.

O Protocolo de Kyoto obrigava o Canadá a reduzir suas emissões até 2012 a um nível 6% inferior ao de 1990. Atualmente, as emissões canadenses estão 32% acima daquela meta.

Os EUA abandonaram o Protocolo de Kyoto em 2001, alegando que ele prejudicava a economia do país e excluía injustamente das metas grandes poluidores como a China.

Líderes dos três principais partidos canadenses de oposição disseram suspeitar que Harper vá apoiar o governo dos EUA na cúpula.

"Tenho muitas preocupações de que o governo vá se alinhar ao governo Bush ao invés de apoiar a presidência alemã para garantir que o G8 ajude a humanidade a combater a mudança climática", disse Stephane Dion, dirigente dos Liberais.

Estadão on line

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