A corrida rumo ao pós-Kyoto já começou. E mal. Os EUA estão tentando diluir uma declaração sobre aquecimento global que deverá ser feita no mês que vem, na reunião de cúpula do G8 (o bloco dos oito países mais industrializados do mundo), colocando-se em confronto com a anfitriã Alemanha.
Em um rascunho da declaração, datado do mês passado e obtido pela agência de notícias Reuters, os EUA se opõem a uma proposta de limitar o aquecimento global a 2ºC neste século e a cortar suas emissões de gases-estufa am 50% abaixo dos níveis de 1990 em 2050.
Washington também questiona se as Nações Unidas são o melhor fórum para resolver como atacar a crise climática, e rejeita um trecho do documento que diz que os mercados de carbono são a chave para o desenvolvimento de tecnologias que não impactam o clima.
"Eles rejeitaram qualquer menção a metas e prazos, não querem que a ONU se envolva mais e se recusam a endossar o comércio de carbono porque este, por definição, envolve metas", disse à Reuters uma fonte envolvida com a questão.
Os chefes de Estado de Reino Unido, EUA, Rússia, Canadá, Japão, Itália e França se reúnem de 6 a 8 de junho na cidade de Heligendamm, na costa do mar Báltico. Também foram convidados para o encontro os presidentes dos cinco gigantes do mundo subdesenvolvido: Brasil, México, China, Índia e África do Sul.
A chanceler alemã Angela Merkel, anfitriã do encontro, colocou a questão climática no topo da agenda do G8+5, como é conhecido o encontro. Espera-se que dessa reunião saia o norte do acordo contra os gases de efeito estufa que substituirá o Protocolo de Kyoto --que expira em 2012.
O acordo oficial deve ser negociado em dezembro deste ano em Bali, Indonésia, na reunião da Convenção do Clima da ONU, que envolverá 180 países.
No entanto, como o grosso das emissões de gás carbônico do planeta vem e virá das nações do G8+5, a proposta de pacto pós-Kyoto que for consenso entre essas nações deverá ser, em essência, o acordo que o mundo inteiro adotará.
É praticamente consenso entre os cientistas que o mundo precisa limitar o aquecimento global a 2C em 2100 se quiser evitar os piores efeitos da mudança climática. Para isso, será necessário cortar as emissões de gases-estufa pela metade, pelo menos, até 2050.
A União Européia, que se impôs uma meta de 20% de corte de emissões até 2020, tenta pressionar os EUA de George W. Bush (que rejeitou Kyoto) a adotarem uma meta ambiciosa de redução de emissões.
Mas a resistência de Washington é grande e arrasta consigo o governo canadense. "É uma questão aberta se Merkel estará preparada para aceitar uma declaração diluída ou se romperá com o G8 e declarará fracasso na questão do clima", disse outra fonte à Reuters.
Em um rascunho da declaração, datado do mês passado e obtido pela agência de notícias Reuters, os EUA se opõem a uma proposta de limitar o aquecimento global a 2ºC neste século e a cortar suas emissões de gases-estufa am 50% abaixo dos níveis de 1990 em 2050.
Washington também questiona se as Nações Unidas são o melhor fórum para resolver como atacar a crise climática, e rejeita um trecho do documento que diz que os mercados de carbono são a chave para o desenvolvimento de tecnologias que não impactam o clima.
"Eles rejeitaram qualquer menção a metas e prazos, não querem que a ONU se envolva mais e se recusam a endossar o comércio de carbono porque este, por definição, envolve metas", disse à Reuters uma fonte envolvida com a questão.
Os chefes de Estado de Reino Unido, EUA, Rússia, Canadá, Japão, Itália e França se reúnem de 6 a 8 de junho na cidade de Heligendamm, na costa do mar Báltico. Também foram convidados para o encontro os presidentes dos cinco gigantes do mundo subdesenvolvido: Brasil, México, China, Índia e África do Sul.
A chanceler alemã Angela Merkel, anfitriã do encontro, colocou a questão climática no topo da agenda do G8+5, como é conhecido o encontro. Espera-se que dessa reunião saia o norte do acordo contra os gases de efeito estufa que substituirá o Protocolo de Kyoto --que expira em 2012.
O acordo oficial deve ser negociado em dezembro deste ano em Bali, Indonésia, na reunião da Convenção do Clima da ONU, que envolverá 180 países.
No entanto, como o grosso das emissões de gás carbônico do planeta vem e virá das nações do G8+5, a proposta de pacto pós-Kyoto que for consenso entre essas nações deverá ser, em essência, o acordo que o mundo inteiro adotará.
É praticamente consenso entre os cientistas que o mundo precisa limitar o aquecimento global a 2C em 2100 se quiser evitar os piores efeitos da mudança climática. Para isso, será necessário cortar as emissões de gases-estufa pela metade, pelo menos, até 2050.
A União Européia, que se impôs uma meta de 20% de corte de emissões até 2020, tenta pressionar os EUA de George W. Bush (que rejeitou Kyoto) a adotarem uma meta ambiciosa de redução de emissões.
Mas a resistência de Washington é grande e arrasta consigo o governo canadense. "É uma questão aberta se Merkel estará preparada para aceitar uma declaração diluída ou se romperá com o G8 e declarará fracasso na questão do clima", disse outra fonte à Reuters.
Folha de S.Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário