Final de ano é tempo de fazer promessas para ano que se aproxima, além, é claro, de relembrar os fatos que nos marcaram durante o ano que se finda. Infelizmente, não somente coisas boas; mas mesmo as mais difíceis têm seus aspectos positivos.
O ano de 2010 está terminado, e o E esse tal meio ambiente? faz uma retrospectiva de alguns fatos que, em nossa opinião, tiveram grande importância para este ano.
Embora não tenha sido eleita, e nem ao menos ter chegado ao 2º turno, Marina Silva foi a grande surpresa das eleições. A então candidata do Partido Verde levou à discussão das questões ambientais ao centro do debate eleitoral, fazendo os demais candidatos mudar de postura, e até mesmo de opinião. A ex-senadora Marina Silva teve 20 milhões de votos.
Apesar de estar em discussão há quase 20 anos, o debate sobre a construção da Usina de Belo Monte tornou-se mais forte este ano. Para realização da obra seria necessário um gasto de mais de R$ 19 bilhões, além do deslocamento de mais de 20 mil indígenas e o desmate de 50 mil hectares em zona de mata na Floresta Amazônica.
O acidente na plataforma Deepwater Horizon, da empresa BP, vitimou 11 pessoas e causou um dos maiores desastres ambientais do mundo. Cerca de 200 milhões de galões de petróleo vazaram no Golfo do México, ao longo de vários meses a partir de abril. O prejuízo financeiro foi de aproximadamente 11, 2 bilhões de dólares, já o ambiental é inestimável.
As alterações no Código Florestal foram propostas pelo deputado Aldo Rebelo e apresenta mudanças significativas no atual Código, entre elas estão: a redução das áreas de preservação permanente (APPs), como matas ciliares e topos de morro, e as reservas legais (RLs), que são partes de propriedades privadas que não podem ser desmatadas.
A votação do novo Código Florestal deve ocorrer logo no início de 2011.
Política Nacional de Resíduos Sólidos
A Lei de Resíduos Sólidos é um grande progresso para solucionar a questão do lixo no país. Ela deverá incentivar todo um novo setor da economia baseado na reutilização e reciclagem, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a geração de “empregos verdes”.
Apesar da COP-16 não ter terminado com um grande acordo sobre a redução de gases do efeito estufa, algumas surpresas positivas vieram de Cancún.Uma delas foi a criação do “fundo verde” que até 2020 deverá liberar US$ 100 bilhões por ano com o objetivo de apoiar os países em desenvolvimento.
Muitos dos acontecimentos acima ainda terão repercussão nos próximos anos, mas principalmente neste ano que se aproxima. Esperemos as discussões e, quem sabe, o tão esperado acordo climático que vá oficializar e até obrigar os países a reduzirem suas emissões, na COP-17, na África do Sul. Esperemos também uma boa saída em relação ao Código Florestal e às negociações de Belo Monte. É bom lembrar que, junto com o novo ano, um novo governo se inicia… e precisamos torcer e fazer parte dessa mudança.
Fonte: Esse Tal Meio Ambiente
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