Os países em desenvolvimento acusam o Japão de bloquear as negociações sobre as alterações climáticas depois do país ter recusado qualquer prolongamento ao Protocolo de Quioto.
O Japão afirmou, ontem, pela voz do conselheiro do ministro do Ambiente, que não vai apoiar um prolongamento do Protocolo de Quioto além de 2012, que não inclua os Estados Unidos e a China.
"Cancún não chegará a nenhum acordo bem sucedido", se o Japão mantiver a recusa de prolongar o Protocolo de Quioto, afirmou do grupo que representa 77 países em desenvolvimento e a China, Abdulla Alsaidi, citado pela Reuters.
O vice-ministro do Ambiente japonês, Hideki Minamikawa, afirmou, hoje, em conferência de imprensa, que "não faz sentido" prolongar Quioto. O responsável defendeu que é necessário um acordo mais amplo, já que, actualmente, Quioto, representa apenas 27% das emissões globais. "Precisamos de alcançar reduções globais", defendeu.
O Protocolo de Quioto envolve 37 países em desenvolvimento, excepto os Estados Unidos, e a União Europeia e prevê o corte de 5,2% das emissões, entre 2008 e 2012, face aos níveis de 1990.
Os Estados Unidos nunca ratificaram este acordo e aos países em desenvolvimento não são exigidas metas de redução de emissões.
Christiana Figueres, representante máxima das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, afirmou que a posição do Japão sobre esta questão já era conhecida antes da Cimeira de Cancún.
"Dada a diversidade de posições sobre o Protocolo de Quioto, não vai ser possível alcançar um decisão sobre o protocolo durante a Cimeira de Cancún", afirmou Christiana Figueres.
Sucesso de Cancún é "remoto" sem prolongamento de Quioto
A Índia também reagiu às afirmações do representante japonês em Cancún. O ministro do Ambiente indiano sublinhou que o sucesso de Cancún é "remoto" se os países não aceitarem prolongar Quioto.
"Se não existir um compromisso para um segundo período do Protocolo de Quito, então as perspectivas de um resultado positivo em Cancún são muito remotas", afirmou Jairim Ramesh.
"O Protocolo de Quioto é a principal base do trabalho para resolver as alterações climáticas através da cooperação internacional. Se o pilar entrar em colapso, podem imaginar as consequências", afirmou o enviado chinês a Cancún, Su Wei.
Já o representante do Brasil, Luiz Alberto Machado, defendeu que o Protocolo de Quioto "tem que continuar". "De outra forma, as negociações podem desmoronar", alertou.
A posição adoptada pelo Japão, já que qualquer acordo terá que ser tomado por unanimidade, e o Japão é o quarto maior emissor do mundo, depois da China, dos Estados Unidos e da Rússia.
Por Ana Luísa Marques - Negócios On line - Pt.
"Cancún não chegará a nenhum acordo bem sucedido", se o Japão mantiver a recusa de prolongar o Protocolo de Quioto, afirmou do grupo que representa 77 países em desenvolvimento e a China, Abdulla Alsaidi, citado pela Reuters.
O vice-ministro do Ambiente japonês, Hideki Minamikawa, afirmou, hoje, em conferência de imprensa, que "não faz sentido" prolongar Quioto. O responsável defendeu que é necessário um acordo mais amplo, já que, actualmente, Quioto, representa apenas 27% das emissões globais. "Precisamos de alcançar reduções globais", defendeu.
O Protocolo de Quioto envolve 37 países em desenvolvimento, excepto os Estados Unidos, e a União Europeia e prevê o corte de 5,2% das emissões, entre 2008 e 2012, face aos níveis de 1990.
Os Estados Unidos nunca ratificaram este acordo e aos países em desenvolvimento não são exigidas metas de redução de emissões.
Christiana Figueres, representante máxima das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, afirmou que a posição do Japão sobre esta questão já era conhecida antes da Cimeira de Cancún.
"Dada a diversidade de posições sobre o Protocolo de Quioto, não vai ser possível alcançar um decisão sobre o protocolo durante a Cimeira de Cancún", afirmou Christiana Figueres.
Sucesso de Cancún é "remoto" sem prolongamento de Quioto
A Índia também reagiu às afirmações do representante japonês em Cancún. O ministro do Ambiente indiano sublinhou que o sucesso de Cancún é "remoto" se os países não aceitarem prolongar Quioto.
"Se não existir um compromisso para um segundo período do Protocolo de Quito, então as perspectivas de um resultado positivo em Cancún são muito remotas", afirmou Jairim Ramesh.
"O Protocolo de Quioto é a principal base do trabalho para resolver as alterações climáticas através da cooperação internacional. Se o pilar entrar em colapso, podem imaginar as consequências", afirmou o enviado chinês a Cancún, Su Wei.
Já o representante do Brasil, Luiz Alberto Machado, defendeu que o Protocolo de Quioto "tem que continuar". "De outra forma, as negociações podem desmoronar", alertou.
A posição adoptada pelo Japão, já que qualquer acordo terá que ser tomado por unanimidade, e o Japão é o quarto maior emissor do mundo, depois da China, dos Estados Unidos e da Rússia.
Por Ana Luísa Marques - Negócios On line - Pt.
Nenhum comentário:
Postar um comentário