quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Brasil pessimista para conferência em Cancún

Rio - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, ontem, que vai participar da 16° Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP16), mas que não está otimista quanto aos resultados. A afirmação foi feita durante discurso no Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, no Palácio do Planalto.

Lula lembrou que em Copenhague, na COP -15, o Brasil apresentou metas de redução de emissão de gases de efeito estufa, ao contrário dos países ricos. “Quando chegamos em Copenhague, tivemos uma surpresa porque todos os países ricos queriam uma audiência com o Brasil e, no fundo, no fundo, todos eles estavam sabendo que o Brasil era o único país que tinha evoluído e tinha feito uma proposta”, disse.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que participou do mesmo evento ontem, também não tem expectativas de um grande acordo na COP-16 — de 29 de novembro a 10 de dezembro em Cancún, no México.

“Não há expectativa de um grande acordo, com grandes ambições. Alguns avanços são possíveis. O Brasil chega a Cancún com uma posição moral elevada”, disse Amorim.

Segundo o ministro, os principais esforços do País na reunião serão evitar retrocessos e “preparar o terreno” para as próximas negociações. “O que pode ser obtido? Pequenos avanços no que se refere à área financeira e evitar retrocessos conceituais. Quando a principal potência internacional se abstém de apresentar metas, isso incentiva a União Europeia e grandes países, como a Rússia, a retrocederem”.
Fonte: odia. terra.com,br

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