sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Brasil participa de ação mundial pelo clima

Por Redação da WWF-Brasil 


Um acordo global de clima ambicioso ainda pode ser alcançado em Copenhague, no próximo mês de dezembro. Por isso, o WWF-Brasil traz ao país a primeira eleição feita simultaneamente no mundo inteiro. Por meio do aplicativo Vote pelo Planeta, desenvolvido pela Rede WWF em parceria com o Google, a sociedade brasileira poderá participar da mobilização para persuadir os líderes mundiais a chegarem a um acordo climático justo e eficiente capaz de manter o aumenta da temperatura do planeta abaixo dos 2ºC.

“Se cada um fizer sua parte, nossas vozes se transformarão num só coro a pedir aos líderes mundiais que tomem a decisão certa em Copenhague”, afirma a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú. “O novo acordo global de clima não é apenas possível. É absolutamente necessário. Convidamos cada brasileiro a dar seu voto pelo planeta”, completa.

Coordenado globalmente pela Rede WWF, presente em mais de 100 países, o movimento Vote pelo Planeta já conta com participações de países como Japão, Espanha, Austrália e Canadá. A cada dia novos países engrossam a lista. É uma oportunidade histórica de unir o mundo em torno de uma questão que afeta a todos e pedir uma mudança rumo a um futuro mais sustentável.

A ação soma-se a vários outros esforços organizados pela sociedade civil para mobilizar pessoas em torno das questões climáticas. Entre elas, a campanha TicTacTicTac, coordenada pela Campanha Global de Ações pelas Mudanças Climáticas (GCCA, na sigla em inglês). O WWF-Brasil faz parte dessa mobilização, junto com diversas outras organizações da sociedade civil, como Greenpeace, Oxfam e Vitae Civilis, além de lideranças sindicais, empresariais e religiosas.

Como funciona?
No site do WWF-Brasil (http://www.wwf.org.br) há um mapa mundi onde a pessoa ou organização se cadastra e registra seu voto pelo planeta. No aplicativo, é possível deixar mensagens ao votar, ver quem já votou e a localização das pessoas ou organizações participantes.

A ideia surgiu da experiência global Hora do Planeta, que ocorre anualmente em março, desde 2007. Este ano, milhares de pessoas em 103 países apagaram suas luzes e mostraram ao mundo que estão contra o aquecimento global.

Além de dar o voto pelo planeta, o internauta pode ajudar a espalhar a ideia nas mídias sociais como Twitter, Facebook e Orkut.  A blogosfera também está incluída e o WWF-Brasil pede que os blogueiros abracem o movimento e divulguem esta ação e outras questões climáticas, como fizeram no Dia de Ação dos Blogs, 15 de outubro de 2009.

Principais demandas da Rede WWF para o acordo de Copenhague:

1. Criar um esquema com força de lei, dentro do Protocolo de Quioto e relacionado com um novo protocolo de Copenhague;
2. Manter o aquecimento global bem abaixo do limiar de 2 °C. Para isso, as emissões globais precisam começar a declinar antes de 2017;
3. Os países industrializados precisam se comprometer a reduzir suas emissões em 40% até 2020, em comparação aos níveis de 1990;
4. Os países em desenvolvimento precisam concordar em agir significativamente para que suas emissões fiquem menores em pelo menos 30% que a tendência atual de crescimento em 2020;
5. Países com florestas tropicais precisam reduzir as emissões por desmatamento em 75% em 2020;
6. Acordo sobre um sistema de ação imediato para adaptação aos impactos das mudanças climáticas, especialmente para os países mais vulneráveis. Isso inclui financiamento de seguros especiais;
7. Financiamento público na ordem de 160 bilhões de euros para países em desenvolvimento investirem em adaptação e redução de emissões;
8. Um mecanismo para fortalecer a cooperação e transferência de tecnologia e incentivo à pesquisa, desenvolvimento e difusão de tecnologias de baixo carbono;
9. Um novo conjunto institucional no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, permitindo coordenação, apoio e execução das decisões de forma transparente e democrática; e
10. Acordos com base no Protocolo de Quioto para temas específicos, tais como mercados de carbono, florestas e uso do solo.

Crédito da imagem: WWF / Ezequiel Scagnetti

Fonte: Envolverde/WWF-Brasil

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