segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Leilão de crédito de carbono rende 13,689 milhões de euros

Por Sabrina Domingos, do Carbono Brasil

A empresa suíça Mercuria Energy Trading arrematou nesta manhã as 713 mil toneladas de créditos de carbono leiloadas pela Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F) / Bolsa Mercantil e de Futuros (Bovespa) e a Prefeitura de São Paulo. Os créditos foram arrecadados em lote único pelo valor de 13,689 milhões de euros, com o preço da tonelada a 19,20 euros - o que gerou um ágio de 35,2% em relação ao preço mínimo do leilão, que era de 14,20 euros.

Especialistas afirmam que a alta nas cotações dos créditos de carbono e a demanda internacional crescente trouxeram boas expectativas para o leilão brasileiro. Os créditos de carbono leiloados podem ser usados tanto para o cumprimento de eventuais metas de redução de emissão de gases de efeito estufa quanto para comercialização no mercado internacional. A Prefeitura de São Paulo, responsável pelos projetos geradores de créditos, ficará com os recursos da venda das Reduções Certificadas de Emissão (RCEs).

“Ficamos extremamente satisfeitos com esse resultado”, declarou a secretária adjunta do governo municipal, Stela Stein. Ela explicou que o dinheiro será revertido em projetos de melhorias nas áreas social e de meio ambiente das comunidades próximas aos aterros sanitários, de onde foram originados os títulos. Inicialmente vão ser beneficiados os moradores de Bandeirantes, no bairro de Perus, na zona norte, e de São João, em São Mateus, zona leste da cidade.

Stein observou que este é o segundo ano em que a prefeitura vai ao mercado negociar os créditos de carbono. Ele lembra que a diferença em comparação ao passado foi a valorização desses títulos no mercado internacional. O primeiro leilão de crédito de carbono do Brasil foi realizado há um ano, com a negociação de 808.450 toneladas de dióxido de carbono (CO2) pertencentes ao aterro Bandeirantes a um preço mínimo de 12,70 euros por tonelada. Na ocasião, o banco belgo-holandês Fortis pagou 34 milhões de reais pelos créditos (16,20 euros por tonelada), fazendo o leilão finalizar com um ágio de 27,6% sobre a oferta inicial.

Ao menos dez instituições participaram do processo nesta manhã, sendo que oito apresentaram ofertas de compra. Dos certificados leiloados hoje, 454.657 pertencem ao Aterro Sanitário Bandeirantes, na zona norte da capital paulista. Aterro Sanitário São João, na zona leste, é responsável por outras 258.657 RCEs. Os gases produzidos pela decomposição do lixo são utilizados na geração de energia elétrica, sendo 170 mil megawatt/h por ano no aterro Bandeirantes e 200 mil megawatt/h no São João.

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Prefeitura de São Paulo consegue ágio de 35% em leilão de crédito de carbono

Por Marli Moreira, da Agência Brasil

São Paulo - A Prefeitura de São Paulo conseguiu ágio de 35,2% na venda de crédito de carbono, no leilão de hoje (25), na Bolsa Mercantil e de Futuros/ Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F ). Os 713 mil títulos de Redução Certificada de Emissão (RCE) foram ofertados ao preço mínimo de € 14,2, por tonelada, valor que subiu durante o pregão para € 19,2, o que representou o pagamento de € 13,689 milhões, o equivalente a algo em torno de R$ 37 milhões.

De um total de dez instituições que participaram do leilão, oito apresentaram ofertas. O lote único foi arrematado pela empresa de energia suíça Mercuria Energy Trading S.A., de Genebra. “Ficamos extremamente satisfeitos com esse resultado”, declarou a secretária adjunta do governo municipal, Stela Stein. Ela explicou que o dinheiro será revertido em projetos de melhorias nas áreas social e de meio ambiente das comunidades próximas aos aterros sanitários, de onde foram originados os títulos. Inicialmente vão ser beneficiados os moradores de Bandeirantes, no bairro de Perus, na zona norte, e de São João, em São Mateus, zona leste da cidade.

Stein observou que este é o segundo ano em que a prefeitura vai ao mercado negociar os créditos de carbono. Ele lembra que a diferença em comparação ao passado foi a valorização desses títulos no mercado internacional. Na venda anterior, a tonelada estava cotada a € 16,2, e agora saiu por € 19,2.O leilão foi acompanhado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e pelo presidente do Conselho de Administração da BM&FBovespa, Gilberto Mifano. (Agência Brasil)


(Agência Brasil)

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