segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Greenpeace faz imagens de queimada na Amazônia

A ONG Greenpeace realizou, nesta sexta-feira (29), a exibição de um processo de queimada de parte da Floresta Amazônica, em Nova Bandeirantes (MT), um dos 36 municípios do bioma Amazônia que mais desmataram em 2007.

A medida, de acordo com a entidade, pretende chamar a atenção da população brasileira e mundial para a necessidade de conter o desmatamento e o uso do fogo como prática agrícola nas fazendas de gado e grãos.

A experiência foi realizada graças a um sistema de transmissão de imagens por satélite criado pela organização ambientalista.

"A destruição da Amazônia se repete todos os anos e parece que ninguém faz nada para evitá-la. É de conhecimento público que, durante os meses de julho a outubro, a região vive seu período de seca, que é marcado pelas queimadas, a forma mais agressiva e devastadora de destruição da floresta", disse Márcio Astrini, da campanha do Greenpeace pela proteção da Amazônia. "Do total desmatado entre 2006 e 2007 na região, 90% foram completamente ilegais".

De acordo com a ONG, cerca de 70% do território desmatado na Amazônia está ocupado por pastagens. O desmatamento da região e mudanças no uso do solo são responsáveis por 75% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa.

Focos de calor - Desde a semana passada, o Greenpeace está em campo documentando desmatamentos e queimadas ilegais realizadas sistematicamente na região das Unidades de Conservação ao longo da BR-163, no Pará, e no norte de Mato Grosso. Durante o mês de agosto, de acordo com dados disponibilizados pelo Inpe, foram registrados 5.754 focos de calor na Amazônia, dos quais 341 em unidades de conservação e 515 em terras indígenas.

"Zerar o desmatamento na Amazônia é essencial para o equilíbrio climático global e fundamental para garantir o crescimento econômico do Brasil. Para isso, o governo precisa garantir presença constante na região e adotar políticas públicas que valorizem o uso responsável dos recursos florestais", afirmou Paulo Adario, coordenador da Campanha Amazônia, do Greenpeace. (Fonte: G1)

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