quarta-feira, 4 de junho de 2008

Amazônia teve 1.123 km² de desmatamento em um mês

Mato Grosso foi responsável por 70% do desmatamento da Amazônia em abril.

Agência FAPESP – Foram 1.123 km², praticamente a área do município do Rio de Janeiro (1.182 km²) ou cinco vezes a do Recife (218 km²) – e tudo isso em apenas um mês.

Esse foi o desmatamento observado na Floresta Amazônica em abril, segundo dados do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na segunda-feira (02).

Do total da área em que se verificou corte raso ou degradação progressiva, 794 km², ou 70,7%, estavam no Mato Grosso. Roraima aparece em seguida na relação dos estados da Amazônia Legal com mais desmatamento, com 284,8 km².

Segundo o Inpe, o sistema havia registrado 112 km² de desmatamento no Mato Grosso em março, mas em período em que 78% da Amazônia estava coberta de nuvens, sendo que 69% do estado não pôde ser observado pelos satélites – a cobertura de nuvens costuma variar muito de um mês para outro, assim como a localização das áreas encobertas.

Do total verificado pelo Deter em abril, 53% da Amazônia esteve sob nuvens, mas apenas 14% do Mato Grosso ficou encoberto. Isso indica que a oportunidade de observação no estado aumentou muito de março para abril.

Em operação desde 2004, o Deter foi concebido como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e ao controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso como áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.

De acordo com o Inpe, é possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor Modis do satélite Terra/Aqua e do sensor WFI do satélite CBERS, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.

Mais informações: http://www.inpe.br

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Desmatamento chega a 17% da Amazônia Legal, segundo Inpe

Por Ana Luiza Zenker, da Agência Brasil

Brasília - O aumento na área desmatada na Amazônia Legal passou de 4.974 quilômetros quadrados, entre 2006 e 2007, para 5.850 quilômetros quadrados de agosto de 2007 até o mês de abril de 2008, o que chamou a atenção dos pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Isso porque, nos últimos três anos, o ritmo de desmatamento na região vinha diminuindo.

Segundo dados apresentados nesta segunda-feira (2) pelo diretor do Inpe, Gilberto Câmara, até agora 17% da cobertura original da floresta já foram desmatadas, totalizando cerca de 700 mil quilômetros quadrados, dos quais 300 mil quilômetros quadrados desmatados só nos últimos vinte anos. Além disso, a cada dez segundos, de acordo com o diretor, é desmatada uma área equivalente a um campo de futebol, na Amazônia. No cômputo geral, as áreas mais devastadas são o estado de Rondônia, o nordeste de Mato Grosso e o leste do Pará. (Agência Brasil)

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Mato Grosso foi responsável por 70% do desmatamento da Amazônia em abril

Por Marco Antônio Soalheiro, da Agência Brasil

Brasília - O Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (Inpe) informou nesta segunda-feira (2) que 1.123 quilômetros quadrados da Floresta Amazônica sofreram corte raso ou degradação progressiva durante o último mês de abril.

Desse total, 794 quilômetros quadrados foram devastados somente no estado do Mato Grosso. Os dados foram colhidos pelo sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).

Em março, o mesmo sistema havia registrado destruição de 112 quilômetros quadrados de floresta no estado do Centro-Oeste, mas naquele mês 69% do Mato Grosso não pôde ser observado pelos satélites, por causa da presença de nuvens. Em abril, a visibilidade aumentou, pois apenas 14% do estado permaneceu encoberto.

O Deter apura apenas desmatamentos com área maior que 25 hectares, por conta da resolução dos sensores espaciais. Entretanto, devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema. (Agência Brasil)

(Envolverde/Agência Fapesp)

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