domingo, 18 de maio de 2008

Etanol de celulose pode ajudar a suprir demanda energética, diz estudo

A conversão de biomassa de celulose, que é abundante e renovável, no biocombustível etanol é uma alternativa "promissora" para fazer frente à escassez de recursos energéticos, segundo um artigo publicado nesta sexta-feira (16) pela "Nature Reviews Genetics".

Os biocombustíveis podem ser uma solução para evitar a instabilidade política e os problemas ambientais derivados da dependência do petróleo, uma matéria-prima que se esgota. Atualmente, a maioria destes biocombustíveis é gerada a partir de cereais ou açúcar, mas não são suficientes para atender à demanda global de combustível, além de serem acusados de encarecer os preços dos alimentos básicos.

Cientistas da Michigan State University, nos Estados Unidos, propõem como alternativa a este tipo de biocombustível o etanol derivado da celulose, proveniente da biomassa (que são as plantas terrestres e os derivados destas), muito abundante.

No entanto, os custos da produção deste etanol são altos, duas a três vezes mais caros que a produção de biocombustíveis a partir de grãos, pois são necessárias enzimas que só se conseguem em bioreatores e os tratamentos prévios são complexos.

Por isso, os cientistas norte-americanos recomendam a utilização de técnicas de engenharia genética para conseguir que as próprias plantas passem a produzir estas enzimas, o que apenas requereria a luz solar como energia para o processo.

A equipe de investigação afirma que o etanol de celulose tem uma baixa toxicidade, é facilmente biodegradável e seu uso produz menos poluição que a combustão do petróleo.

Além disso, alegam que um aumento das colheitas para a produção de bioetanol reduz os níveis de concentração de gases do efeito estufa, principalmente pelo uso do dióxido de carbono atmosférico na fotossíntese.

Por último, indicam que, embora a produção e consumo do bioetanol libere gases que poluem e aquecem a atmosfera, como resultado global se conseguiria uma grande redução da concentração de gases do efeito estufa. (Fonte: Estadão Online)

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