quinta-feira, 3 de abril de 2008

Lactec já é referência nacional em monitoramento da qualidade do ar

O Departamento de Recursos Ambientais (DPRA) do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) monitora, há 10 anos, a qualidade do ar em Curitiba e região metropolitana. Há um ano os técnicos do Instituto passaram a verificar também a qualidade do ar na região metropolitana de Belo Horizonte. Os bons resultados obtidos pelos estudos no Paraná e em Minas Gerais fizeram do Lactec referência nacional na prestação deste serviço.

Apenas três empresas no Brasil têm capacitação para operar sistemas de monitoramento da qualidade do ar. Em Curitiba, o Lactec opera oito estações, sendo três próprias, três do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e as outras duas da Petrobrás (UNREPAR e CSN). As unidades verificam a qualidade do ar - em tempo real - em toda Curitiba e região metropolitana e informam imediatamente ao órgão ambiental estadual sobre qualquer violação que possa ocorrer, para que ele tome as ações necessárias para informar a população.

Os técnicos e pesquisadores do Lactec também desenvolvem e utilizam modelos de dispersão atmosférica específicos para indústrias e automóveis, verificando os possíveis impactos que estes processos podem acarretar na qualidade do ar em determinadas regiões.

Para o diretor-superintendente do Lactec, Aldair Rizzi, a referência alcançada pelo Instituto traz uma visibilidade cada vez maior, além do aprimoramento das pesquisas. “O Lactec tem uma exposição ousada em várias áreas de desenvolvimento, que o credencia e fortalece, não só como referência nacional, mas também nas parcerias estaduais. Isso cria mais condições e nos dá a perspectiva de avanços na área ambiental”, diz o diretor.

Segundo Rizzi, a política do Governo do Paraná em relação ao meio ambiente é rígida, e por isso é preciso oferecer muita qualidade nos serviços prestados. “O aprimoramento do serviço e as novas possibilidades do Lactec no monitoramento da qualidade do ar o qualificam para pesquisas cada vez mais aprofundadas na área ambiental. São trabalhos que trazem benefícios para a população do Paraná”, explica.

Especialização - O Lactec iniciou os trabalhos de monitoramento da qualidade do ar no Paraná para verificar os efeitos dos poluentes atmosféricos na degradação de materiais do setor elétrico. O IAP mostrou interesse por esse processo e, há dez anos, iniciou a parceria com o Lactec para o monitoramento da qualidade do ar.

A rede do Paraná opera com oito estações automáticas – quatro em Curitiba e quatro em Araucária – independentes, porém interligadas por um computador central no Lactec, no qual todos os dados recolhidos são avaliados e processados. O Instituto lança relatórios mensais e semanais para o órgão ambiental que se encarrega da divulgação.

Segundo o pesquisador do Departamento de Recursos Ambientais do Lactec, Eliseu Esmanhoto, a exigência da população em saber sobre a situação do ar que respira faz com que muitos órgãos estaduais e municipais procurem o Instituto. “Os trabalhos que nós realizamos com o IAP e com o órgão ambiental de Minas Gerais nos especializou nessa área e abriu novos contatos com institutos ambientais de todo país, que solicitam serviços nessa linha de pesquisa”, afirma.

De acordo com Eliseu, as discussões sobre emissões industriais e veiculares, pagamento de créditos de carbono, por exemplo, partem do interesse da população, das empresas e órgãos públicos em melhorar a qualidade do ar nas cidades.

A necessidade de adequação às normas do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), definidas pelo governo federal para qualidade do ar e emissão de poluentes, faz com que as cidades procurem pelos serviços de monitoramento. “O crescimento desse mercado é muito grande, sendo que o Brasil está iniciando nessa linha de pesquisa. A demanda pelos serviços de monitoramento está crescendo e é preciso ter cada vez mais gente qualificada”, conta o pesquisador, lembrando que o Lactec está preparado para atender a demanda em todo o país.

(Envolverde/Governo do Estado do Paraná )

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