terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

ONS e EPE voltam a descartar racionamento de energia elétrica em 2008

Tanto o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, como o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, descartaram na segunda-feira (11) os riscos de racionamento de energia neste ano.

Na avaliação de Chipp, "as chuvas das últimas semanas, embora com atraso, deixaram a situação melhor". Ele lembrou que apenas na Região Nordeste os reservatórios estão em nível abaixo da curva de aversão ao risco, com 37,52% de sua capacidade. "Podemos dizer que está afastada qualquer possibilidade de racionamento ainda neste ano e nós já estamos inclusive preparando 2009", acrescentou.

Dados do ONS apontam que nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste os reservatórios estão com 58,43% da capacidade (5% acima da curva de aversão ao risco); na Região Sul, com 60,75%, situação considerada "excelente" por Chipp; e na Região Norte, com 35,52%.

A fim de economizar água até o final do ano, o diretor do ONS informou que o sistema elétrico vem recebendo energia também de usinas térmicas. E lembrou que "vem chovendo bastante na cabeceira do Rio São Francisco, em Minas Gerais, e é de lá que a água segue para a represa de Sobradinho, que abastece a Região Nordeste".

Também para o presidente da EPE, "a situação é absolutamente tranqüila" e é "totalmente impossível" que o país volte a passar por racionamento de energia neste ano.

“Antes mesmo das chuvas do final de janeiro e início deste mês nós já tínhamos a certeza de que não haveria racionamento, porque nós temos as térmicas funcionando com uma boa margem de segurança", disse Tolmasquim, ao lembrar que no racionamento de 2001 não havia térmicas: "Quando os reservatórios esvaziavam, não havia muito o que fazer, mas hoje se pode poupar água com o acionamento das térmicas."

Ele destacou ainda que o sistema permite o intercâmbio de energia entre as regiões do país, por meio das linhas de transmissão. “O Sul duplicou a sua capacidade de intercâmbio com o Sudeste e o Nordeste aumentou em 2,5 vezes a capacidade de receber energia do Norte", informou. (Agência Brasil)

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