terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Conferência da ONU sobre o clima tenta novo acordo

Cientistas e representantes de governos de todo o mundo abriram nesta segunda-feira (03), a maior conferência climática já realizada, com o objetivo de elaborar um novo pacto internacional para combater o aquecimento global a partir de 2009.

O grupo tenta alcançar um compromisso global que substitua o Protocolo de Kioto. Espera-se que deste encontro saia o Mapa de Caminho de Bali, que fixará as bases da negociação e determinará a data limite para alcançar em 2009 um novo acordo para frear e enfrentar o aquecimento global.

Alguns dos 10 mil conferencistas, jornalistas e ativistas de quase 190 países chegaram na ilha turística de Bali, na Indonésia, para duas semanas de negociações lideradas pela ONU. As discussões acontecem depois que uma série de relatórios científicos neste ano concluiu que o mundo tem a tecnologia para reduzir o aquecimento do planeta, mas precisa agir imediatamente.

A reunião de Bali será a primeira conferência desde outubro, quando o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore - que deve chegar à ilha na próxima semana -, e um conselho científico da ONU venceram o Prêmio Novel da Paz por seu trabalho em defesa do meio ambiente, impulsionando o crescente sentido de urgência a respeito do derretimento das calotas polares, a elevação dos oceanos e o aumento extremo das temperaturas.

O secretário-executivo da UNFCCC, Yvo de Boer, disse em entrevista coletiva que "uma parte importante da solução é acessível hoje em dia, o que é preciso é vontade política". "A grande pergunta para mim é: senhores ministros, qual é sua resposta política ao que a comunidade científica está lhes dizendo com tanta clareza?", acrescentou De Boer.

O secretário da UNFCCC também comemorou o fato de tanto a Europa como os Estados Unidos estarem dando mostras positivas sobre sua atitude frente ao problema. De Boer parabenizou o "compromisso da União Européia (UE) de reduzir suas emissões em 20% para 2020" e a mensagem dos EUA na qual o presidente George W. Bush reconhecia que o aquecimento global precisa de uma resposta global. (Estadão Online)

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