quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Países do Apec assinam acordo climático

Líderes do Apec
Ambientalistas disseram que acordo é apenas simbólico
Líderes do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês) reunidos em Sydnei, na Austrália, assinaram neste sábado um acordo sobre mudança climática que estabelece como objetivo a redução de gases de efeito estufa, mas sem definir metas obrigatórias.

O Apec reúne seis dos dez países que mais emitem dióxido de carbono, incluindo os dois maiores poluidores do mundo - Estados Unidos e China.

"O mundo precisa reduzir, parar e então reverter o aumento das emissões de gases de efeito estufa", diz a chamada Declaração de Sydney, assinada por 21 países.

Entre as metas - que não são obrigatórias - estão a redução da quantidade de energia necessária para produzir um dólar do PIB (Produto Interno Bruto) em 25% até 2030 e um aumento da área florestal na região para 20 milhões de hectares até 2020.

O primeiro-ministro da Austrália, John Howard, disse que a declaração é "um marco muito importante" no caminho para um acordo global.

Mas grupos ambientalistas afirmam que o documento tem apenas um caráter simbólico, sem estabelecer objetivos concretos.

China e EUA

Greenpeace disse que o documento é mais uma "distração" do que uma "declaração".

"Sem definitir metas obrigatórias para os países desenvolvidos, o que é o mais importante, esse acordo parece mais uma manobra política de John Howard", disse a porta-voz da organização, Catherine Fitzpatrick.

O correspondente da BBC em Sydney, Nick Bryant, lembrou que esta é a primeira vez que a China e os Estados Unidos aceitam que são necessárias metas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

A Declaração de Sydney também incluiu pedidos da China e de outros países em desenvolvimento para que as negociações sobre o aquecimento global aconteçam no âmbito da ONU (Organização das Nações Unidas).

A convenção da ONU sobre mudança climática está programada para dezembro em Bali.

Fonte: BBCBrasil

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