Os 21 membros do Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) apoiaram na quinta-feira (06) em Sydney (Austrália) a iniciativa de conter a mudança climática mediante uma política energética mais eficiente, que será apresentada para aprovação à cúpula de chefes de Estado e de governo neste fim de semana.
O ministro do Exterior australiano, Alexander Downer, disse em entrevista coletiva que a mudança climática "será um dos mais importantes assuntos tratados pelos líderes durante a cúpula".
A iniciativa se compromete a melhorar a eficiência energética em 25% antes de 2030 e estabelece assim objetivos que chama de "ambiciosos". Prevê também a transferência de tecnologia para o ambiente para ajudar as economias do Apec a se adaptarem à mudança climática, pede que seja aumentada a superfície de florestas e defende o uso de energia nuclear, tecnologia de carvão limpo e energia renovável.
É a primeira vez nos 18 anos de história do Apec que o tema entra na pauta dos líderes, já que agora é tido como de "interesse vital" na declaração ministerial.
A iniciativa aprovada e proposta pela Austrália, o anfitrião da reunião, pede aos governos membros do bloco regional que estabeleçam objetivos individuais e formulem planos de ação para melhorar o uso e o transporte eficiente da energia.
A proposta "para melhorar a eficácia no uso de energia na região" conta com o apoio dos Estados Unidos e deverá ser ratificada na Declaração de Sydney, caso nenhum membro do grupo se oponha.
Os Estados Unidos e a Austrália se negaram a assinar o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em 2006 para reduzir a emissões de gases causadores do efeito estufa.
Downer disse que é "muito difícil" conseguir que a China e outras economias do fórum, como a Indonésia, cumpram metas para reduzir a emissão de gases poluentes.
O comentário do chanceler australiano contrasta com as declarações do presidente da China, Hu Jintao, que pretende apoiar a proposta australiana, mas espera que o Apec "mantenha a agenda da ONU em matéria de mudança climática (o Protocolo de Kyoto) como principal documento de trabalho".
Folha Online
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