terça-feira, 15 de maio de 2007

Londres e Berlim querem acordo mundial sobre mudança climática

Agência EFE

LONDRES - O Reino Unido e a Alemanha pretendem obter um acordo internacional para lutar contra a mudança climática, incluindo pela primeira vez os países mais poluentes do mundo, entre eles Estados Unidos e China, revelou nesta terça-feira o jornal britânico The Guardian.

O plano prevê o estabelecimento de uma rede de mecanismos de comércio de emissões de dióxido de carbono. Será uma das cinco principais propostas elaboradas por britânicos e alemães na cúpula do Grupo dos sete países mais industrializados do mundo e Rússia (G8), dia 6 de junho, em Heiligendamm (Alemanha).

As autoridades britânicas estão confiantes em costurar um acordo a tempo para a reunião.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, pretende obter um acordo ainda durante o mandato do atual presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Os dois vão discutir o tema nesta quarta-feira, na última visita oficial de Blair a Washington como primeiro-ministro, segundo 'The Guardian'.

O plano também prevê um acordo para estabilizar o aumento da temperatura mundial em não mais de 2 graus acima dos níveis pré-industriais. Outra meta é, até 2050, reduzir as emissões globais de gases do efeito estufa para 50% abaixo dos níveis de 1990.

Entre os meios estão a concessão de novas tecnologias como recompensa aos países e empresas que pararaem de desmatar florestas, um novo programa de eficiência energética para reduzir as emissões de dióxido de carbono e um compromisso de ajuda aos países pobres da África para que possam se adaptar às mudanças.

Segundo o projeto, China e Índia não teriam que atingir as metas nos novos planos de comércio de emissões. Em vez disso, poderiam continuar seu extraordinário crescimento econômico em troca de um compromisso de estabelecer um teto nacional. Também adotariam mecanismos de comércio abrangendo alguns de seus setores industriais mais poluentes.

Outra medida é a adoção de mecanismos de comércio, com metas obrigatórias e penalizações, para países desenvolvidos, inclusive EUA e Austrália, que se negaram a assinar o Protocolo de Kyoto.

Blair já defendeu na cúpula do G8 de julho de 2005, em Gleneagles (Escócia), um acordo semelhante.
Jornal do Brasil on line

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