quinta-feira, 10 de maio de 2007

Aquecimento global estaria matando corais nas Ilhas Cayman

Para locais movidos pela indústria de turismo com base nos corais, como as Ilhas Cayman, o custo de ignorar a mudança climática pode ser mais alto do que o de combatê-la. O sistema de corais da ilha caribenha, que está entre os 10 melhores pontos de mergulho do mundo, perdeu 50% de seus corais nos últimos dez anos, apesar das fortes leis ambientais, dizem cientistas.

Estamos em um momento muito crítico da história dos recifes de corais., disse Carrie Manfrino, presidente do Instituto Marítimo do Caribe Central da Pequena Cayman. É como trabalhar com um paciente. A qualidade do tratamento determinará sua sobrevivência. Podemos potencialmente ver o fim dos recifes de corais duros em nossa vida., complementou.

A indústria de turismo das Ilhas Cayman, que representa cerca de metade do Produto Interno Bruto (PIB) do local, foi lançada em 1957, quando Bob Soto, pioneiro da indústria do mergulho, abriu a primeira operadora desta atividade no Caribe. Cinquenta anos depois, cerca de 2 milhões de visitantes chegam ao local por ano, e a maioria faz mergulhos em locais famosos como North Wall, ou Stingray City.

A atividade transformou o pacato território de 8,5 mil pessoas, que dependia da pesca, em um destino de turismo luxuoso e centro bancário sofisticado, onde as 52 mil pessoas têm a maior renda per capita da região.Umgrupo da Organização das Nações Unidas o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) advertiu que o mundo precisa cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa para evitar elevação das temperaturas, que pode aumentar os níveis do mar e inundar ilhas, além de matar os corais, sensíveis à temperatura. O IPCC disse em relatório na sexta-feira que a manutenção do aumento das temperaturas na faixa de 2°C custará apenas 0,12% do PIB mundial.

Para os moradores de Cayman, que de pendem do turismo, será um pequeno investimento se for suficiente para salvar os corais.

Meio Norte – PI

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