quarta-feira, 21 de março de 2007

China aprova 352 projetos de créditos de carbono

19/03/2007 - 11h48
da Efe, em Pequim

A China, primeiro fornecedor mundial de créditos de carbono, autorizou 352 projetos para reduzir as emissões de CO2 em 780 milhões de toneladas ao ano, informaram nesta segunda-feira (19) fontes oficiais.

Do total de projetos, 44 estão registrados na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, sigla em inglês), e o restante está à espera da aprovação, segundo o site do Comitê Nacional Chinês sobre Mudança Climática.

A aquisição de créditos de carbono é um dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto pelo qual os países signatários podem comprar direitos de emissões de poluentes dos países em desenvolvimento que, em troca, recebem fundos ou tecnologia para reduzir suas emissões.

A China ultrapassou a Índia, em 2006, como o primeiro mercado mundial para os créditos e deixou para trás a América Latina, que, tendo Brasil à frente, havia sido anteriormente a líder mundial.

A hegemonia chinesa, cada vez mais arrasadora, despertou os temores entre os compradores por uma alta dos preços embora o país tenha dito que os manterá estáveis.

Segundo emissor mundial de dióxido de carbono, atrás somente dos Estados Unidos, o governo chinês anunciará nos próximos dias o plano para combater a mudança climática, embora ainda não tenha revelado se ele incluirá objetivos de redução das emissões de CO2.

A China continua resistindo a assinar um compromisso de redução de emissões para quando expirar a primeira fase de Kyoto, em 2012, e se defende afirmando que, por ser um país em desenvolvimento, não tem obrigações.

"É certo que os países desenvolvidos devem tomar a liderança e assumir sua responsabilidade histórica. Mas não achamos que os países em desenvolvimento não tenham nenhuma responsabilidade e seu papel seja o de meros observadores", disse hoje o diretor de campanha do Greenpeace na China, Lo Sze Ping.

Países como China, Índia e Brasil "deveriam pensar em como começar a reduzir as emissões para evitar a catástrofe", afirmou.

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