terça-feira, 15 de junho de 2010

Estiagem no Sul tem intensidade acima do normal, alerta Inpe

A região Sul do Brasil enfrenta atualmente períodos de estiagem com intensidade e frequência acima do normal. A constatação é do Centro Regional Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CRS/Inpe), que realizou análises na cidade de Santa Maria (RS).

Os pesquisadores do Núcleo de Aplicação e Pesquisa de Geotecnologias em Desastres Naturais e Eventos Extremos (Geodesastres) utilizaram imagens de satélites para mapear as áreas atingidas pela estiagem no Sul brasileiro no período de dezembro de 2000 a junho de 2009, segundo informou matéria da Agência Fapesp publicada nesta segunda-feira, 14 de junho.

De acordo com o levantamento, áreas correspondentes a 33,3% e 34,3% da região Sul (187.726 km2 e 198.857 km2, respectivamente) foram comprometidas por intensa estiagem nos verões de 2005 e 2009. Os resultados mostram que os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul foram os mais afetados.

mapa da estiagemAs imagens Enhanced Vegetation Index (Índice de Vegetação Melhorado), também conhecidas como EVI, obtidas pelos sensores Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (Modis) a bordo dos satélites Aqua e Terra, permitem identificar as variações no verdor da vegetação (estado de sanidade) causadas por eventos climáticos, como a estiagem.

Ao considerar as quatro estações do ano, a análise utilizou 392 imagens e gerou 196 mosaicos. Segundo o Inpe, os resultados foram integrados com dados de precipitação média, por estação do ano e dados de índice de precipitação padronizada mensal.

O mapeamento realizado teve como objetivo propor uma metodologia para monitorar a ocorrência de estiagem na região Sul do Brasil ao utilizar imagens índice de vegetação melhorado. Depois de testada a metodologia, o Núcleo Geodesastres está criando o Laboratório de Estiagem da região Sul do Brasil (LESul) com a colaboração do Departamento de Engenharia Rural da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no intuito de realizar pesquisas nessa área.

Fonte: EcoDesenvolvimento.org

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