sexta-feira, 27 de novembro de 2009

China e EUA elevaram chance de acordo climático

XANGAI - As propostas apresentadas pelos governos da China e dos Estados Unidos de corte nas emissões de gases causadores do aquecimento global melhorou as perspectivas de um acordo ser fechado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que será realizada em dezembro em Copenhague, na Dinamarca. A avaliação foi feita hoje pelo secretário-executivo da Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), Yvo de Boer.

O governo chinês anunciou hoje um plano segundo o qual pretende incrementar acentuadamente sua eficiência energética ao mesmo tempo que desacelera suas emissões de gás carbônico, como parte de sua contribuição para o combate ao aquecimento global. Em comunicado divulgado na página do governo central na internet, o Conselho de Estado informou que o país pretende reduzir de 40% a 45% as suas emissões de dióxido de carbono por unidade de Produto Interno Bruto (PIB) até 2020, tendo como base os dados de 2005.

Na nota, o governo chinês afirma que o plano é uma ação voluntária que leva em consideração as condições do país e o qualifica como uma grande contribuição para os esforços globais de combate ao aquecimento global. Porém, o Conselho de Estado, principal órgão administrativo da China, informou que os objetivos serão incorporados ao Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social como metas de médio a longo prazo e que, então, a medida terá força de lei. Para tanto, serão elaborados parâmetros para calcular, monitorar e avaliar as emissões.

As metas serão alcançadas por intermédio da elevação dos investimentos em eficiência energética, carvão limpo, fontes renováveis de energia, usinas nucleares e no processo de captura e estocagem de gás carbônico. Segundo o texto, a China pretende fazer com que o consumo de combustíveis que não sejam de origem fóssil represente 15% da produção energética do país até 2020, conforme o presidente Hu Jintao já havia comentado em setembro.

Protocolo de Kyoto

No anúncio, o Conselho de Estado reitera que a China insiste que os princípios fundamentais do Protocolo de Kyoto sejam mantidos em um futuro pacto para lidar com o aquecimento global. De 7 a 18 de dezembro, líderes de pelo menos 65 nações e representantes de 191 países se reunirão em Copenhague, na Dinamarca, para negociar um novo acordo climático que sucederá o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

Ontem, a Casa Branca anunciou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irá à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) prometendo redução considerável das emissões norte-americanas de poluentes. Segundo funcionários do governo, os EUA pretendem reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em 17% até 2020, com base em números de 2005, e em 83% até 2050. Depois de a Casa Branca ter confirmado Obama em Copenhague, a China informou que seu primeiro-ministro, Wen Jiabao, também irá à cúpula. As informações são da Dow Jones.

Fonte: AE - Agencia Estado

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