Por Carine Corrêa, do MMA
Para o especialista da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Peter Poshen, emprego verde pode ser definido como um ofício que contribui para a redução das emissões atmosféricas e pode ser considerado um "trabalho decente com um forte componente social". Ele ressaltou que o Brasil foi um dos primeiros países a ingressarem no programa Empregos Verdes da instituição.
Poshen lembrou que a mudança climática representa a maior ameaça para o alcance dos objetivos de todas as nações neste milênio. Segundo ele, sem um consenso da sociedade internacional, não teremos como combater os efeitos das mudanças climáticas, que terão um impacto profundo nas empresas, no emprego e na geração de renda. Citou como exemplo os quatro últimos furacões ocorridos no Haiti, que provocaram uma perda de 15% do PIB daquele país. De acordo com estudos da OIT, a agricultura, que conta com mais de 1 bilhão de trabalhadores em todo o mundo, é o setor que mais sofre com o aumento da temperatura global.
A OIT constatou que setores com alto potencial de promover empregos verdes são a construção, a indústria, o transporte e a agricultura. Entre eles, a construção é que tem maior potencial verde e pode operar em padrões de baixo custo. Os estudos realizados indicam um saldo positivo nesta transformação das formas de trabalho em prol de empregos verdes, que podem ser uma boa alternativa de estímulo às economias em tempos de crise.
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