sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Minc defende metas obrigatórias do Brasil no acordo pós-Kyoto

Por Daniela Mendes, do MMA

"O Ministério do Meio Ambiente é favorável a que o Brasil assuma metas obrigatórias no acordo pós-Kyoto". A afirmação do ministro Carlos Minc foi feita nesta quarta-feira (29), ao receber representantes da entidade ambientalista Observatório do Clima composta por organizações como Greenpeace, Instituto Socioambiental, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam ) e TNC. Eles apresentaram ao ministro propostas ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima que está em consulta pública até o dia 10 de novembro.

Um dos pontos questionados pela entidade é que o plano traga metas do Brasil no combate ao desmatamento. Minc afirmou que o tema está sendo discutido internamente no governo federal e que o MMA é favorável a elas desde que sejam diferenciadas, em relação às metas dos países ricos, e que haja transferência de recursos e de tecnologia por parte desses países.

Paulo Moutinho, do Ipam, entregou um manifesto ao ministro solicitando um maior prazo para que as entidades apresentem suas propostas e sugerindo que os pontos relacionados à implementação do plano sejam mais especificados no documento.

Segundo o ministro, a versão atual do plano possui metas importantes o que não impede que outras sejam acrescentadas e detalhadas. Ele recebeu as contribuições e afirmou que vai analisar a possibilidade de incorporá-las ao documento.

Minc reforçou a importância de que essa primeira versão do Plano Nacional sobre Mudança do Clima esteja concluída até o início de dezembro quando haverá a reunião da Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas na Polônia. "Esse plano permitirá que o Brasil chegue à reunião com uma postura mais proativa, propositiva. Nós temos que sair dessa retaguarda, somos um país megadiverso com muitas potencialidades na área de biocombustíveis, de energia, de florestas", defendeu.

Minc disse ainda que uma revisão do plano será feita em oito meses e que muitas contribuições poderão ser agregadas nesse período. Ele destacou ainda que até meados do ano que vem deve estar concluído um inventário de emissões de gases de efeito estufa que vai ajudar na construção do plano atualizando informações importantes.

Fonte: MMA

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