segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Relatório adverte para impacto ambiental de fumaça e fuligem

Smog, fuligem e outras partículas como aquelas freqüentemente vistas sobre Pequim agravam o aquecimento global e podem aumentar as temperaturas de verão nos Estados Unidos em três graus em 50 anos, disse um novo relatório publicado na quinta-feira (5).

Esses poluentes de rápida dispersão e freqüentemente esquecidos - produzidos na queima de madeira, querosene e combustíveis de automóveis - causam mais aquecimento localizado do que já se imaginou, dizem os autores do estudo. Eles alegam que deve haver um esforço maior para atacar esse tipo de poluição, para gerar resultados mais rápidos.

Por décadas, cientistas se concentraram no dióxido de carbono, o gás estufa mais prejudicial, porque permanece na atmosfera por décadas. Estudos passados quase não prestaram atenção aos poluentes que permanecem na atmosfera apenas por alguns dias.

O novo relatório, elaborado por cientistas da Nasa e da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), defende a luta contra os poluentes de curto prazo, enquanto reconhecem que o dióxido de carbono ainda é a principal causa do aquecimento global.

Esse conceito também é a política oficial da administração Bush, disse o secretário assistente de comércio, Bill Brennan.

Nos Estados Unidos, essa abordagem significaria cortar emissões de carros e caminhões mesmo antes de restrições às usinas energéticas termoelétricas. Nos países em desenvolvimento, ela significaria uma migração para formas mais limpas de energia.

Além da fuligem, smog e sulfatos, outros poluentes de curto prazo são o carbono orgânico, poeira e nitratos. Enquanto o dióxido de carbono é invisível, esses são poluentes que as pessoas conseguem ver.

As projeções de aumentos nas emissões desses poluentes na Ásia farão com que contribuam em cerca de 20% para o aquecimento global e alguns centímetros a menos de chuva na América até 2060, disse o relatório. (Fonte: Estadão Online)

Nenhum comentário: