terça-feira, 2 de setembro de 2008

Projetos popularizam transformação de energia solar em elétrica

Na discussão a respeito da sustentabilidade na construção civil brasileira, os holofotes se voltam agora para a eficiência energética.

No cenário de novidades, empresas e universidades brasileiras apresentam planos de prédios que geram sua própria eletricidade e painéis fotovoltaicos que permitem transformar energia solar em elétrica.

Um edifício responsável pela produção de toda a energia elétrica consumida por seus usuários é o objetivo de projetos denominados "zeronet" ou auto-suficientes.

Realidade em alguns países europeus, como a Alemanha, essa idéia dá seus primeiros passos em uma indústria do ABC. A Zeppini, fabricante de equipamentos para postos e motos de São Bernardo do Campo, anunciará em setembro a geração de energia elétrica de toda a sua área social por meio de painéis fotovoltaicos instalados nos telhados.

A divulgação será marco inicial da Energia Z, braço da empresa que oferecerá produtos para instalação de fotovoltaicos e projetos de energia solar.

"É um mercado que ainda não aparece em estatísticas", dimensiona Paulo Fernandez, diretor da Zeppini, que investiu US$ 1 milhão no projeto.

Mas o quadro parece mudar com o boom do mercado brasileiro de construção civil. A preocupação das incorporadoras em obter certificados de sustentabilidade traz às rodas da indústria temas que até então não tinham espaço.

Selo do Inmetro - Para regulamentar o setor, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) lançará no início de 2009 uma etiqueta avaliadora da eficiência energética de edificações comerciais novas com lajes acima de 500 m2.

O selo, inicialmente voluntário, terá faixas de A a E, atribuídas segundo o desempenho energético da edificação.

"Faz todo o sentido que o setor público passe a fazer só prédios A e B, porque a conta (de energia elétrica) ficará com ele depois", observa Roberto Lamberts, professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

Instalar um sistema de uso da energia solar é caro - levam-se cerca de 15 anos para recuperar o investimento -, mas tecnologias para barateá-lo começam a aparecer. Na PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica), o projeto Planta-Piloto, liderado pelos professores Adriano Moehlecke e Izete Zanesco, estuda a viabilidade da produção nacional de painéis de silício, que atualmente são importados.

Outras inovações serão debatidas no 1º Simpósio Brasileiro da Construção Sustentável, que acontece em São Paulo de 04 a 05 de setembro. (Fonte: Cristiane Capuchinho/ Folha Online)

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