quarta-feira, 4 de junho de 2008

Para encerrar polêmica com MT, Inpe diz que seu sistema é eficaz

Para tentar colocar fim à controvérsia com o governo de Mato Grosso em torno dos dados que apontam o Estado como campeão de desmatamento, o Inpe divulgou na segunda-feira (2) um relatório em que conclui que o sistema Deter é "eficiente" e que a proporção de alertas não confirmados como desmatamento é menor do que 6%.

O documento mostra que o Deter é eficiente para indicar a ocorrência de desmatamento por corte raso. Mas não é o sistema mais adequado para mapear o processo de degradação florestal, pois subestima e detecta, em geral, processos já nos estados finais de degradação.

O Inpe também checou fotos de um relatório da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de MT. De 854 fotos, foram consideradas em condições de análise 353. A partir delas, foram vistas as imagens correspondentes de satélite. Concluiu-se que 57,2% dos casos eram de degradação progressiva da floresta e 39%, corte raso.

O governo de MT só considera desmatamento o corte raso - estágio final da degradação, quando a floresta dá lugar a pastagem e arbustos.

Gilberto Câmara, diretor do Inpe, afirma que os instrumentos de fiscalização precisam melhorar. "Não estamos satisfeitos hoje, mas é o que existe."

Ele disse que, a partir de 2011, haverá novos satélites. Outra medida será usar, de forma complementar, dados do satélite japonês Alos, que não sofre influência das nuvens. (Fonte: Folha Online)

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