O Brasil está a caminho de se tornar um gigante da biotecnologia para a saúde, diz um estudo publicado nesta sexta-feira (6) na revista "Nature Technology".
Mas, para conseguir isso, o país deve ultrapassar algumas barreiras, entre elas reformar o sistema de patentes, resolver problemas de regulação e aumentar a contribuição de recursos humanos neste campo, segundo o Centro MCLaughlin-Rotman para a Saúde Global (MRC), da Universidade de Toronto (Canadá).
O relatório indica que o Brasil já tem a capacidade científica e de mercado para desempenhar um papel importante no campo dessa tecnologia, no nível de Índia e China. "Quando alguém pensa em biotecnologia, já não se trata de San Francisco, Boston, Londres e Tóquio", considerados até há pouco os centros principais do avanço biotecnológico no mundo, segundo Peter Singer, diretor interino do MRC.
"Agora também se trata de Hyderabad (Índia), Xangai (China) e São Paulo. Embora ainda não tenha chegado à sua maturidade nas economias emergentes, a biotecnologia já não é hegemonia do mundo desenvolvido. A inovação biotecnológica se globalizou", acrescentou.
Segundo Singer, o que impede o Brasil de avançar no setor biotecnológico tem pouco a ver com o nível de conhecimento de seus cientistas. "Sua ciência é de nível mundial. Infelizmente, existe um conjunto de pequenos desafios que continuam freando o momento em que o país se transformará em um inovador importante no setor da biotecnologia da saúde", ressaltou.
Sarah Frew, pesquisadora do MRC, indicou que Índia e China se transformaram em potências neste campo e contam com os conhecimentos e os recursos para produzir remédios e vacinas a uma fração do custo em que incorrem as grandes farmacêuticas.
Contrastes - Segundo o estudo do MRC, uma diferença entre Índia e Brasil é que as empresas do país asiático são as principais fabricantes de vacinas e cobrem o programa nacional de imunização. No Brasil, essa atividade está principalmente sob o controle dos organismos públicos.
Por outro lado, além de contar com grandes mercados internos, as companhias indianas e chinesas se centraram mais nas importações que as empresas brasileiras. Rahim Rezaie, que também participou do estudo, disse que o Brasil está diante de um dilema: como colher os benefícios de um robusto setor privado e, ao mesmo tempo, encontrar soluções sustentáveis e acessíveis para as necessidades da saúde local.
Se o Brasil alcançasse "um equilíbrio entre seus setores público e privado, poderia não só maximizar os benefícios econômicos e de saúde para os brasileiros, mas também proporcionar um modelo convincente para a biotecnologia da saúde em outros países em desenvolvimento", acrescentou. (Fonte: Folha Online)
Mas, para conseguir isso, o país deve ultrapassar algumas barreiras, entre elas reformar o sistema de patentes, resolver problemas de regulação e aumentar a contribuição de recursos humanos neste campo, segundo o Centro MCLaughlin-Rotman para a Saúde Global (MRC), da Universidade de Toronto (Canadá).
O relatório indica que o Brasil já tem a capacidade científica e de mercado para desempenhar um papel importante no campo dessa tecnologia, no nível de Índia e China. "Quando alguém pensa em biotecnologia, já não se trata de San Francisco, Boston, Londres e Tóquio", considerados até há pouco os centros principais do avanço biotecnológico no mundo, segundo Peter Singer, diretor interino do MRC.
"Agora também se trata de Hyderabad (Índia), Xangai (China) e São Paulo. Embora ainda não tenha chegado à sua maturidade nas economias emergentes, a biotecnologia já não é hegemonia do mundo desenvolvido. A inovação biotecnológica se globalizou", acrescentou.
Segundo Singer, o que impede o Brasil de avançar no setor biotecnológico tem pouco a ver com o nível de conhecimento de seus cientistas. "Sua ciência é de nível mundial. Infelizmente, existe um conjunto de pequenos desafios que continuam freando o momento em que o país se transformará em um inovador importante no setor da biotecnologia da saúde", ressaltou.
Sarah Frew, pesquisadora do MRC, indicou que Índia e China se transformaram em potências neste campo e contam com os conhecimentos e os recursos para produzir remédios e vacinas a uma fração do custo em que incorrem as grandes farmacêuticas.
Contrastes - Segundo o estudo do MRC, uma diferença entre Índia e Brasil é que as empresas do país asiático são as principais fabricantes de vacinas e cobrem o programa nacional de imunização. No Brasil, essa atividade está principalmente sob o controle dos organismos públicos.
Por outro lado, além de contar com grandes mercados internos, as companhias indianas e chinesas se centraram mais nas importações que as empresas brasileiras. Rahim Rezaie, que também participou do estudo, disse que o Brasil está diante de um dilema: como colher os benefícios de um robusto setor privado e, ao mesmo tempo, encontrar soluções sustentáveis e acessíveis para as necessidades da saúde local.
Se o Brasil alcançasse "um equilíbrio entre seus setores público e privado, poderia não só maximizar os benefícios econômicos e de saúde para os brasileiros, mas também proporcionar um modelo convincente para a biotecnologia da saúde em outros países em desenvolvimento", acrescentou. (Fonte: Folha Online)
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