quinta-feira, 10 de abril de 2008

Proteção às florestas pode gerar US$ 13,5 bilhões

Utilizar o comércio de carbono para ajudar a salvar árvores poderá gerar bilhões de dólares por ano para a conservação das florestas tropicais, anunciou Johannes Ebeling, consultor sênior da desenvolvedora de crédito de emissões, EcoSecurities Group.

Os poluidores que tentam equilibrar as emissões danosas e elevar sua reputação no meio ambiente comprarão créditos gerados pela preservação de árvores em um sistema de comercialização de carbono. As cidades locais receberão pagamentos quando demonstrarem que as árvores não foram derrubadas.

A redução no prejuízo com as florestas, mesmo de apenas 10%, poderá gerar US$ 13,5 bilhões por ano para a conservação, disseram Ebeling e Mau Yasue, profissionais de pesquisas na University of British Columbia em Vancouver, em artigo na publicação britânica Philosophical Transactions of the Royal Society B. "Precisamos dar às pessoas uma certa programação segura para que comecem a investir", disse Ebeling em entrevista.

A EcoSecurities com sede em Dublin desenvolve projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa e os certificados que comprovam esta redução (conhecidos como créditos de carbono) podem ser negociados no mercado de carbono da União Européia.

A derrubada de florestas tropicais responde por cerca de 20% das emissões globais de dióxido de carbono, a maior fonte de gases estufa no mundo em desenvolvimento, segundo o informe. Os países industrializados deverão premiar os países emergentes por salvar florestas por meio do comércio de carbono em um novo tratado de mudanças climáticas a vigorar em 2012, informaram os pesquisadores.

O Protocolo de Kyoto, um acordo entre os países industrializados para limitar os gases-estufa em todo o mundo, expira em 2012. O tratado não permite que os países utilizem créditos de carbono provenientes de projetos para salvar as florestas, a fim de alcançar as metas anti-poluição. "Existe um consenso amplamente difundido para incluir a rejeição ao desmatamento no acordo pós 2012", disse Ebeling.

As árvores armazenam dióxido de carbono, que usam para converter a luz do sol em energia química. O desmatamento é a terceira maior fonte mundial de emissões de carbono, depois do uso de combustíveis fósseis e das operações industriais, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Fonte: Tribuna do Norte / Agência InvestNews

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