O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu nesta quinta-feira (10) em defesa do etanol brasileiro, rejeitando a sugestão de que a produção do biocombustível esteja criando pressões inflacionárias nos alimentos.
"Não me venham dizer que (o culpado pela inflação) é o etanol", comentou Lula, que está em viagem oficial de três dias a Holanda e República Checa.
A relação entre o etanol brasileiro e a alta dos preços dos alimentos no mundo ocupou a atenção de jornalistas brasileiros e holandeses na entrevista coletiva de Lula e do primeiro-ministro da Holanda, Jan Peter Balkenende, em Haia, embora o propósito da visita fosse atrair investimentos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para Lula, os preços dos alimentos têm subido porque "os pobres do mundo começaram a comer".
"Tem mais chineses comendo no mundo, mais indianos comendo no mundo, mais brasileiros comendo no Nordeste e na periferia do país, mais latino-americano comendo, mais gente de países pobres comendo, tem mais gente na África comendo, e tudo isso gera pressão nos alimentos."
"Eu estou convencido de que o mundo precisa produzir mais alimentos. Todos nós temos de dar graças a Deus que o mundo está comendo mais."
Desde o ano passado, os preços dos alimentos aumentaram em média 40% nos mercados mundiais e os de matérias-primas básicas como o trigo, duplicaram. Em alguns países da África e no Haiti, a alta do preço dos alimentos tem gerado violência. A ONU manifestou preocupação com a questão esta semana.
Ecologia - Lula rejeitou críticas de que a produção de etanol causa desmatamento e substitui plantações de alimentos por colheitas para a produção de matéria-prima energética.
Segundo o presidente, dos 851 milhões de hectares que o Brasil tem, 400 milhões são aráveis. Deste número, 60 milhões de hectares poderiam ser usados para expansão do etanol, já que se trata de terras degradadas pela pecuária.
O primeiro-ministro da Holanda, Jan Peter Balkenende, foi cauteloso ao falar sobre a relação entre os biocombustíveis e a alta dos alimentos no mundo.
"A inflação é um problema que está preocupando vários países, inclusive a Holanda", disse o premiê holandês.
"A questão da sustentabilidade tem gerado grande tensão. Imagine que aqui na Holanda estamos abaixo do nível do mar. Então as questões em torno da mudança climática e da sustentabilidade são muito importantes para os holandeses."
"Temos que levar em conta os aspectos biológicos dos biocombustíveis."
Os biocombustíveis acabaram, sem querer, dominando a agenda, até aqui, da viagem de Lula à Holanda.
O brasileiro também fez uma defesa do etanol brasileiro aos presidentes das câmaras baixa e alta do Parlamento holandês, segundo o Ministro da Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Miguel Jorge.
O ministro disse que Lula falou aos parlamentares holandeses sobre a diferença entre o etanol americano e o brasileiro. O produto do Brasil é feito a partir da cana e, segundo Lula, mais ecológico e econômico. (Fonte: Estadão Online)
"Não me venham dizer que (o culpado pela inflação) é o etanol", comentou Lula, que está em viagem oficial de três dias a Holanda e República Checa.
A relação entre o etanol brasileiro e a alta dos preços dos alimentos no mundo ocupou a atenção de jornalistas brasileiros e holandeses na entrevista coletiva de Lula e do primeiro-ministro da Holanda, Jan Peter Balkenende, em Haia, embora o propósito da visita fosse atrair investimentos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para Lula, os preços dos alimentos têm subido porque "os pobres do mundo começaram a comer".
"Tem mais chineses comendo no mundo, mais indianos comendo no mundo, mais brasileiros comendo no Nordeste e na periferia do país, mais latino-americano comendo, mais gente de países pobres comendo, tem mais gente na África comendo, e tudo isso gera pressão nos alimentos."
"Eu estou convencido de que o mundo precisa produzir mais alimentos. Todos nós temos de dar graças a Deus que o mundo está comendo mais."
Desde o ano passado, os preços dos alimentos aumentaram em média 40% nos mercados mundiais e os de matérias-primas básicas como o trigo, duplicaram. Em alguns países da África e no Haiti, a alta do preço dos alimentos tem gerado violência. A ONU manifestou preocupação com a questão esta semana.
Ecologia - Lula rejeitou críticas de que a produção de etanol causa desmatamento e substitui plantações de alimentos por colheitas para a produção de matéria-prima energética.
Segundo o presidente, dos 851 milhões de hectares que o Brasil tem, 400 milhões são aráveis. Deste número, 60 milhões de hectares poderiam ser usados para expansão do etanol, já que se trata de terras degradadas pela pecuária.
O primeiro-ministro da Holanda, Jan Peter Balkenende, foi cauteloso ao falar sobre a relação entre os biocombustíveis e a alta dos alimentos no mundo.
"A inflação é um problema que está preocupando vários países, inclusive a Holanda", disse o premiê holandês.
"A questão da sustentabilidade tem gerado grande tensão. Imagine que aqui na Holanda estamos abaixo do nível do mar. Então as questões em torno da mudança climática e da sustentabilidade são muito importantes para os holandeses."
"Temos que levar em conta os aspectos biológicos dos biocombustíveis."
Os biocombustíveis acabaram, sem querer, dominando a agenda, até aqui, da viagem de Lula à Holanda.
O brasileiro também fez uma defesa do etanol brasileiro aos presidentes das câmaras baixa e alta do Parlamento holandês, segundo o Ministro da Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Miguel Jorge.
O ministro disse que Lula falou aos parlamentares holandeses sobre a diferença entre o etanol americano e o brasileiro. O produto do Brasil é feito a partir da cana e, segundo Lula, mais ecológico e econômico. (Fonte: Estadão Online)
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