terça-feira, 11 de março de 2008

1º ponto de entrega de materiais recicláveis é entregue em SP

O primeiro Ponto de Entrega Voluntária Monitorado (PEVM) da cidade foi instalado no Clube Escola da Lapa - Pelezão, na Zona Oeste, e ampliará as oportunidades de reciclagem em São Paulo. Os PEVMs receberão resíduos domésticos recicláveis 24 horas por dia, todos os dias da semana.


O prefeito de São Paulo inaugurou no sábado (08) o primeiro Ponto de Entrega Voluntária Monitorado (PEVM) da cidade, instalado no Clube Escola da Lapa - Pelezão, na Zona Oeste, que ampliará as oportunidades de reciclagem em São Paulo. Os PEVMs receberão resíduos domésticos recicláveis 24 horas por dia, todos os dias da semana.

"Queremos que este ponto sirva de referência para outros que com certeza serão criados na cidade de São Paulo. Cada vez mais a coleta seletiva é uma exigência das grandes cidades, porque ela vai contribuir para melhorar a qualidade do meio ambiente", disse o prefeito. "Aqui na Lapa, esperamos que com essa ação, com os resultados que serão divulgados com muita freqüência, possamos alertar os paulistanos a contribuir e incentivá-los a fazer mais pelo meio ambiente na cidade".

O PEVM da Lapa contará com monitores capacitados para orientar os usuários sobre a destinação adequada de resíduos. A presença do agente ambiental visa a multiplicar a consciência sócio-ambiental e promover a inclusão social de catadores. Feitos de aço, os PEVMs foram projetados para resistir a atos de vandalismo e para integrar-se harmoniosamente ao cenário urbano. Seu desenho foi inspirado nas bancas de jornal da cidade, já assimiladas à paisagem.

Cada unidade (vazia) pesa 40 toneladas, conta com dispositivos de segurança para impedir a retirada dos materiais e terá capacidade para receber até 20 toneladas de lixo por mês. Seus seis compartimentos foram projetados para receber e armazenar adequadamente plásticos em geral, sacolas plásticas, papel, metal, vidro e óleo de cozinha usado. Os resíduos sólidos serão acondicionados em sacos de plástico, e o líquido, em bombas impermeáveis também de plástico.

Três vezes por semana, um caminhão da Prefeitura recolherá o material e o transportará para uma cooperativa na Vila Leopoldina, que ficará responsável por sua triagem, prensagem e armazenamento até que as empresas recicladoras o retirem para reprocessá-lo. Como as sacolas plásticas ganharão um compartimento exclusivo, isso agilizará a separação e triagem dos materiais, podendo aumentar a produtividade dos cooperados.

Para a subprefeita da Lapa, o PEVM do Pelezão representa um grande ganho para a qualidade de vida da população. Segundo ela, do ponto de vista qualitativo, o programa é pioneiro em função de seu viés educacional, garantido pelos monitores que estarão à disposição da população oito horas por dia, todos os dias da semana, para orientá-la sobre a reciclagem de materiais.

Parceria

A Plastivida Instituto Sócio-ambiental dos Plásticos vai patrocinar o PEVM da Lapa e mais cinco que deverão ser inaugurados ao longo de 2008. Para manter os seis postos, a entidade desembolsará R$ 240 mil por ano, ou R$ 40 mil por unidade. A Prefeitura cede os espaços para instalação e realiza as pequenas obras, como as de adequação e do calçamento no entorno.

Os postos receberão cinco tipos de resíduos domésticos: metal, papel, plástico, vidro e óleo de cozinha. O objetivo é motivar aqueles que ainda não praticam a reciclagem a adotar a prática e ampliar o número de pontos de coleta seletiva a fim de facilitar a vida de quem já separa os resíduos. Além disso, os PEVMs terão um importante papel social ao promover a inclusão de catadores no mercado formal de trabalho.

Livro de plástico

Durante a inauguração do PEVM do Clube Escola da Lapa, o instituto Plastivida aproveitou para discutir entre as crianças uma mensagem educativa, com a distribuição de um livro de plástico: a história infantil é "Lalá e a sacolinha falante". Paulo Riani, autor premiado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é o idealizador do projeto.

Pensando na durabilidade e limpeza do material, ele percebeu que o plástico apresenta várias vantagens em relação ao papel e apostou que uma preocupação ambiental pode se transformar num ativo cultural. No fim da inauguração, João Gabriel, uma das crianças mais animadas com o livro, entregou um exemplar ao prefeito.

(Envolverde/Prefeitura SP)

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