Pedro Botafogo (*)
Pois é, eis a questão: por que não vivemos em navios? Para atuar no Brasil, uma embarcação deve ser vistoriada pela Marinha (questões de navegação e segurança) e pelo Ibama (questões ambientais).
A Marinha avalia itens de segurança, como materiais de combate a incêndio, capacitação do pessoal, equipamentos de primeiros socorros, etc. Além disso, checa o certificado de qualidade dos equipamentos e materiais utilizados. Estas ações promovem mais segurança a bordo.
Vocês acham que os castelos de areia, digo prédios "Nayas" cairiam por aí se fossem vistoriados de forma similar? Isso sem falar em vazamentos de gás, incêndios sem controle, queda de reboco, etc. Sim, a segurança deveria ser pensada de outra forma.
Porém, é em relação ao meio ambiente que a coisa fica bem mais curiosa. Vocês sabiam que as embarcações são obrigadas a implementar um sistema de
coleta seletiva e ter uma estação de tratamento de esgoto? Pois é, estas cidades flutuantes têm isso e muito mais.
Além da coleta seletiva, há o controle sobre a destinação dos resíduos. Ao final da operação, um relatório é enviado ao órgão ambiental. Se funciona no mar, porque não funcionaria aqui na terra?
E nossos tão modernos prédios, cada vez mais espelhados, com TV nos elevadores e tudo mais? Em geral, não têm coleta seletiva. O lixo proveniente de todo esse luxo é enviado para mal equipados aterros, onde vão permanecer por anos. E o esgoto, porque não tratar? Um dia isso ainda vai dar m#*da.
Por que, ao construir um prédio, ele não passa por uma vistoria do órgão ambiental local? Por que não somos obrigados a segregar nosso lixo e filtrar nosso esgoto? Por que as leis do mar não valem pra terra?
Por que não moramos em navios?
* Biólogo e consultor ambiental, atua na preparação de embarcações para inspeção do Ibama e na implementação de projetos ambientais.
Pois é, eis a questão: por que não vivemos em navios? Para atuar no Brasil, uma embarcação deve ser vistoriada pela Marinha (questões de navegação e segurança) e pelo Ibama (questões ambientais).
A Marinha avalia itens de segurança, como materiais de combate a incêndio, capacitação do pessoal, equipamentos de primeiros socorros, etc. Além disso, checa o certificado de qualidade dos equipamentos e materiais utilizados. Estas ações promovem mais segurança a bordo.
Vocês acham que os castelos de areia, digo prédios "Nayas" cairiam por aí se fossem vistoriados de forma similar? Isso sem falar em vazamentos de gás, incêndios sem controle, queda de reboco, etc. Sim, a segurança deveria ser pensada de outra forma.
Porém, é em relação ao meio ambiente que a coisa fica bem mais curiosa. Vocês sabiam que as embarcações são obrigadas a implementar um sistema de
coleta seletiva e ter uma estação de tratamento de esgoto? Pois é, estas cidades flutuantes têm isso e muito mais.
Além da coleta seletiva, há o controle sobre a destinação dos resíduos. Ao final da operação, um relatório é enviado ao órgão ambiental. Se funciona no mar, porque não funcionaria aqui na terra?
E nossos tão modernos prédios, cada vez mais espelhados, com TV nos elevadores e tudo mais? Em geral, não têm coleta seletiva. O lixo proveniente de todo esse luxo é enviado para mal equipados aterros, onde vão permanecer por anos. E o esgoto, porque não tratar? Um dia isso ainda vai dar m#*da.
Por que, ao construir um prédio, ele não passa por uma vistoria do órgão ambiental local? Por que não somos obrigados a segregar nosso lixo e filtrar nosso esgoto? Por que as leis do mar não valem pra terra?
Por que não moramos em navios?
* Biólogo e consultor ambiental, atua na preparação de embarcações para inspeção do Ibama e na implementação de projetos ambientais.
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