quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Aquecimento global ameaça os pinguins, diz WWF

A população de pinguins antárticos sofreu uma forte redução devido ao aquecimento global, que destrói os locais dos ninhos e as fontes de alimentos, segundo relatório divulgado na terça-feira (11) pelo WWF.

A península Antártica se aquece a um ritmo cinco vezes superior ao da média mundial, afetando quatro espécies de pinguins - o imperador (maior do mundo), o papua, o barbicha e o adélia - segundo o estudo.

"Os pinguins antárticos já têm uma longa marcha detrás de si", disse Anna Reynolds, vice-diretora do Programa de Mudança Climática Global do WWF, em nota divulgada na reunião climática da ONU em Bali.

"Agora parece que esses ícones da Antártida terão de enfrentar uma batalha extremamente dura para se adaptar ao ritmo sem precedentes da mudança climática", acrescentou.

O relatório, intitulado "Pinguins Antárticos e a Mudança Climática", diz que o gelo marinho cobre hoje uma área 40 por cento inferior à de 26 anos atrás na costa oeste da península Antártica, o que provoca uma redução na oferta de krill (pequeno crustáceo que é a base da alimentação dos pinguins papua e barbicha).

Na costa noroeste da península, onde o aquecimento é mais acelerado, a população do pinguim adélia caiu 65 por cento nos últimos 25 anos, segundo o WWF.

Nas mesmas colônias, a população do pinguim barbicha teve queda de 30 a 66 por cento. Entre os pinguins imperadores, algumas colônias se reduziram à metade em meio século.

O calor obriga os pinguins a criarem seus filhotes em camadas de gelo cada vez mais finas, que se rompem mais cedo. Além disso, ventos mais fortes costumam varrer ovos e filhotes antes que esses possam sobreviver por conta própria.

Um estudo de 2005 mostrou que a maioria das geleiras da península Antártica está recuando - e cada vez mais rápido - devido ao aquecimento. No resto do continente, a maior parte do gelo parece estável.

"A teia alimentar da Antártida, e portanto a sobrevivência dos pinguins e de muitas outras espécies, está ligada no futuro ao gelo marinho", disse James P. Leape, diretor-geral do WWF Internacional.

"Após uma marcha tão longa até Bali, os ministros agora devem se comprometer com fortes reduções nas emissões de carbono dos países industrializados, a fim de proteger a Antártida e salvaguardar a saúde do planeta." (Estadão Online)

Um comentário:

Anônimo disse...

~ Otimoo' muitoo interessantee!!

_Gosteii x)