quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Sarkozy defende na ONU 'New Deal econômico e ecológico'

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, defendeu nesta terça-feira (25) um "New Deal econômico e ecológico mundial", diante dos chefes de Estado reunidos em Nova York por ocasião da 62ª Assembléia Geral das Nações Unidas.

Diante dos cerca de 50 chefes de Estado e de Governo presentes na cerimônia de abertura da Assembléia, entre os quais os presidentes americano, George W. Bush, e iraniano, Mahmud Ahmadinejad, Sarkozy também lançou uma nova advertência ao Irã.

"Se deixarmos o Irã desenvolver a arma nuclear, faremos correr à região e ao mundo um risco inaceitável. Quero dizer em nome da França que esta crise somente será resolvida com uma combinação de firmeza e diálogo. É neste sentido que a França pretende atuar", afirmou.

O presidente iraniano devia se expressar mais tarde nesta terça-feira diante da Assembléia Geral da ONU.

"Quero me dirigir à consciência de todos os que têm uma responsabilidade na administração do mundo. Se nada acontecer, os pobres e explorados vão acabar se revoltando contra a injustiça da qual são vítimas", advertiu Sarkozy.

"O planeta precisa de um novo modo de pensamento, de um verdadeiro New Deal em escala mundial. Um New Deal ecológico e econômico", prosseguiu.

O New Deal é o nome da política intervencionista aplicada entre 1933 e 1935 pelo presidente americano Franklin Roosevelt para lutar contra as conseqüências da crise econômica de 1929.

O presidente francês exortou "todos os Estados a se unirem para fundar a nova ordem mundial do século XXI, baseada na idéia de que os bens comuns da humanidade devem ser colocados sob a responsabilidade de toda a humanidade".

"Em nome da França, lanço um apelo às Nações Unidas para que, neste século marcado pela volta da raridade, elas se esforcem para garantir a todos o acesso aos recursos vitais, à água, à energia, à alimentação, aos medicamentos e ao conhecimento", clamou.

Sarkozy também preconizou "uma distribuição das riquezas, das matérias primas e da tecnologia mais justa", a moralização do capitalismo financeiro "para que ele sirva mais ao desenvolvimento e menos à especulação" e "uma intensificação da luta contra a corrupção".

O presidente da França também defendeu o fortalecimento das Nações Unidas. "Em um mundo onde o destino de cada um depende cada vez mais da sorte dos outros, a ONU não deve ser enfraquecida, mas reforçada. Sua reforma para adaptá-la às realidades do mundo de hoje é uma prioridade para a França. Não podemos mais esperar", finalizou. (Yahoo Brasil)

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