A Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas, da Câmara dos Deputados, fará, na sexta-feira (06), reunião externa em Campo Grande (MS). Durante o evento, serão realizadas palestras e discussões sobre o Pantanal e o município de Bonito. Os ecossistemas dessas localidades - consideradas dois dos melhores destinos do ecoturismo no Brasil - vêm sofrendo com o desgaste dos rios e com a falta de consciência ecológica.
O evento contará com a presença do presidente da comissão, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO); do relator, senador Renato Casagrande (PSB-ES); e do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), entre outros parlamentares.
Áreas úmidas - O Pantanal é um sistema de áreas úmidas, com cerca de 3,4 mil quilômetros de rios livres de represa, cuja qualidade da água é essencial para a sobrevivência da população local. O município de Bonito, localizado na região da Serra da Bodoquena, ao sul do Pantanal, possui rios de águas cristalinas, cachoeiras, cavernas e grande diversidade de fauna e flora.
Segundo os integrantes da comissão, a preservação desses locais depende da formação de consciência e educação ambientais voltadas ao desenvolvimento sustentável. Por isso, o debate pretende criar meios para fomentar o turismo sustentável, educando a população para a importância de se preservar o meio ambiente.
Convidados - Também devem participar da reunião o professor da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro Alexandre Louis Davignon de Almeida, que falará sobre o tema "Mudanças Climáticas: visão global e nacional"; e o representante da Fundação Avina, Miguel Serediuk Milano, que abordará o tema "Mudanças Climáticas: potenciais impactos sobre a biodiversidade e a sociedade". Já o promotor do Ministério Público Estadual do Mato Grosso do Sul Alexandre Lima Raslam falará sobre "Mudanças Climáticas: os desmatamentos no estado do Mato Grosso do Sul e aspectos legais associados".
Redução de problemas - Durante a reunião, os parlamentares discutirão, com representantes da sociedade local, de órgãos estaduais e municipais, e de organismos não-governamentais, diagnósticos de medidas de controle que reduzam os efeitos causados pelo desmatamento, pelas queimadas, pelo crescimento populacional acelerado e pela pesca predatória. "Nosso desafio é não só preservar e tornar essas regiões fontes sustentáveis de renda, com investimentos na educação ambiental, como também fiscalizar a utilização dos recursos naturais com o objetivo de construirmos uma estrutura sólida para o turismo sustentável", declarou Delcídio Amaral.
Agência Câmara
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