O presidente da Comissão Européia, o português José Manuel Durão Barroso, pediu nesta segunda-feira que a próxima cúpula do G8 (sete países mais industrializados mais a Rússia) faça avanços importantes na luta contra a mudança climática e por uma liberalização comercial que siga o rumo determinado pela União Européia (UE).
Barroso também pediu que a reunião de Heiligendamm (Alemanha) mantenha as promessas de continuar a ajuda ao desenvolvimento da África. A reunião dura de quarta (6) a sexta-feira (8).
Em março, a União Européia se comprometeu a diminuir as emissões de CO2 para 20% em 2020 com relação ao nível de 1990, mas está disposta a chegar a 30% dentro de um acordo global.
"A UE mostrou liderança" e agora o G8 "deve dar um sinal firme que todo o mundo pode seguir", afirmou Barroso em comunicado.
O presidente da Comissão Européia afirmou que a Europa insiste em que haja um sistema "globalmente vinculativo" baseado sobre um sistema de comércio de emissões estipulado para 2009, a fim de substituir o Protocolo de Kyoto após 2012.
A luta contra a mudança climática se transformou em um dos pontos mais conflituosos antes da cúpula, com a recusa dos Estados Unidos e do Canadá em assumir compromissos para a redução de emissões de dióxido de carbono.
Sobre o comércio, Barroso pediu que a cúpula indique um caminho para um reatamento eficaz das negociações da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), para concluir o processo no fim de 2007.
Para Barroso, as outras partes principais da OMC devem agora dar o próximo passo, em resposta às iniciativas positivas da União Européia. A comissão vê possibilidades de concluir a Rodada de Doha neste ano, "se os outros seguirem o exemplo europeu e propuserem avanços reais", acrescentou.
Sobre a política de desenvolvimento, Barroso considerou que, embora a ajuda e o perdão da dívida sejam "cruciais", também "resta muito a fazer" em campos como governança, direitos humanos e aumento da luta contra Aids, malária e tuberculose.
A cúpula do G8 de Gleneagles (Reino Unido, em 2005) foi concentrada na África. "Temos de fazer mais para manter nossas promessas", reconheceu o presidente da Comissão Européia.
Folha on line
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